Campanha do Agasalho 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

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Petrobras anuncia megainvestimento

Estatal divulga plano até 2013 e pretende reduzir custo de equipamentos

 

Foi com ênfase na redução dos custos de investimento que o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, anunciou nessa sexta, dia 23, o planejamento estratégico da estatal até 2013. Serão aplicados US$ 174,4 bilhões, aumento de 55,4% sobre o valor do período anterior, estipulado em US$ 112,2 bilhões. Do total, US$ 28 bilhões serão investidos no desenvolvimento das reservas do pré-sal.

 

Somente neste ano, em meio à crise econômica mundial, a Petrobras vai aplicar US$ 28,6 bilhões. É um contraponto às suspensões de investimentos privados recentemente anunciadas. Desse total, a estatal planeja captar US$ 18,1 bilhões, dos quais US$ 11,9 bilhões serão financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 5 bilhões por bancos nacionais e internacionais. Assim, restaria uma diferença que a empresa pretende buscar no mercado, embora tenha os recursos em caixa.

 

– É um investimento bastante robusto para garantir o crescimento da Petrobras, que pretende produzir 3,3 milhões de barris diários de óleo e gás em 2013 – disse Gabrielli.

Conforme o presidente, o plano transformará a empresa em uma das maiores de energia no mundo:

– Vamos crescer em petróleo, gás natural, energia elétrica, biocombustíveis, distribuição e petroquímica.

 

Além do destaque para novos projetos de exploração e produção, Gabrielli assegurou que a Petrobras manterá os planos de construir cinco grandes refinarias. Nos últimos meses, quando se discutiu até que ponto a crise de crédito havia afetado os planos da estatal, havia surgido o temor de cancelamento dessas plantas.

 

No início do ano, a Petrobras cancelou duas licitações de plataformas, por considerar o preço alto demais. Gabrielli reafirmou que a estatal planeja fazer jogo duro:

– Não queremos manter os investimentos nesse valor. Vamos modificar os processos de controle, apresentar novas formas de editais e redefinir a abordagem dos fornecedores.

 

Lula foi o primeiro a conhecer programa

Tudo isso, explicou o presidente, tem como objetivo “não legitimar os valores atuais”, porque na avaliação da Petrobras os preços não acompanharam a queda nas cotações internacionais do petróleo. Para os próximos cinco anos, detalhou Gabrielli, os cálculos de viabilidade são baseados numa cotação média do barril de US$ 42. Em julho do ano passado, o preço havia alcançado a máxima de US$ 145,18. Para este ano, a base é de US$ 37.

 

– Isso não é uma projeção. Estamos estudando o financiamento dos investimentos com US$ 42 de preço médio.

 

Gabrielli apresentou os planos da Petrobras, no Rio de Janeiro, depois de um dia de reuniões em Brasília. Pela manhã, mostrou os dados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois, submeteu o projeto ao conselho de administração, composto por ministros e representantes de acionistas privados.

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